segunda-feira, fevereiro 21, 2005
quinta-feira, fevereiro 17, 2005
A Preparação das Eleições
Em 12 de Novembro de 1913, Afonso Costa escreve a Raimundo Meira dando as últimas instruções para as eleições. A carta fala por si e dispensa quaisquer comentários.
Meu ilustre amigo |
Afastando as "pedras" do caminho
Exmo. Sr. António Augusto Simão |
As eleições de 1913*
A 3 de Julho de 1913 e com o objectivo de legitimar a ditadura democrática, Afonso Costa publica a lei eleitoral para as eleições que se previstas para o seguinte mês de Novembro. Sobre esta lei diz Vasco Pulido Valente em “A República Velha (1910-1917), Págs. 42 e 43:
A 3 de Julho saia a nova lei eleitoral, que estabelecia os fundamentos jurídicos da ditadura democrática. […] Afonso Costa tirou, pura e simplesmente, o direito de voto aos analfabetos. Em 5 de Outubro existiam cerca de 700 000 eleitores; em 1911, 850 000; em 1913 0 número baixou para cerca de 600 000, pouco mais que em 1871. (já tinham sido, 950 000 em 1890).
Esta drástica redução do país político deixava de fora, como antes, mais do que antes, o Portugal Monárquico e Católico, mas também eliminava o potencial eleitorado unionista e, sobretudo o evolucionista. A maior parte dos Portugueses que sabiam ler e escrever estavam nas cidades e preferiam Afonso Costa a António José de Almeida. As massas rurais não podiam agora votar contra a República e, assim o partido democrático justificava a sua exclusão. Só que não poderiam igualmente votar pelos moderados, que ficavam reduzidos a uma perpétua insignificância. Afonso Costa não reconhecia direitos a ninguém que não pertencesse à pequena nação radical. Quem fosse contra ela, ou contra ele, alienava a sua qualidade de humano. “Se quiserem fazer eleições com analfabetos”, berrava ele aos evolucionistas, “façam-nas os senhores, porque e quero fazê-las com votos conscientes […] Indivíduos que não conhecem os confins da sua paróquia, que não têm ideias nítidas e exactas de coisa nenhuma, nem de nenhuma pessoa, não devem ir à urna, para não dizer que foi com carneiros* que confirmamos a república” […]
A lei impunha tantas e tão complexas formalidades no recenseamento, que ele se tornava difícil sem a assistência de uma organização, ou seja de um partido. Um dos quesitos necessários para ser recenseado era possuir um atestado de residência, o qual só podia ser passado pelas comissões administrativas concelhias, e estas eram na sua quase totalidade Democráticas. Com este poder o partido democrático, o único que dispunha de uma presença efectiva em todo o país, pode mondar o eleitorado à sua vontade e muitos potenciais eleitores (220 000 em 600 000) não chegou sequer a recensear-se […]
terça-feira, fevereiro 15, 2005
Uma “confraria” Republicana (II)
Coura, 13-12-1913 |
Não posso garantir que o autor da carta anterior, Bernardo Chougas, fosse o padre que Afonso Viana nomeia nesta sua carta, mas uma coisa é certa, uma pequena minoria de padres acolheu com bom grado as novas determinações governamentais, tendo por isso recebido recompensas e apoios do governo central.
segunda-feira, fevereiro 14, 2005
Uma “confraria” Republicana (I)
Paredes de Coura 28-X-1913 |
Amanhã veremos qual o resultado deste insodável interesse na alteração dos estatutos da Confraria.
sábado, fevereiro 12, 2005
Um Jornal em Bolandas (II)
Meu caro Simas Machado: |
sexta-feira, fevereiro 11, 2005
Um Jornal em Bolandas (I)
Meu caro Simas Machado |
"O Rebate", localizava-se em São Pedro de Alcântara, em frente ao Elevador da Glória e entre os seus colaboradores encontrava-se o Poeta Mário de Sá Carneiro.
Ordens do Ministro
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* Pereira Bastos – Ministro da Guerra
NOTA: o pedido de armas, não se destinava a qualquer unidade militar, tal não era da competência do Governo-Civil, destinava-se sim a armar milícias republicanas para esta perseguirem os oposicionistas ao Partido Democrático.
quarta-feira, fevereiro 09, 2005
Narciso - Um cacique da 1ª Republica
Arcos de Valdevez, 12 de Agosto de 1913
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domingo, fevereiro 06, 2005
Viana
Viana do Castelo - Ponte Eiffel - Postal do início do Séc XX
Para além de ter de combater todos os que não pertenciam à facção de Afonso Costa, o Governador-Civil mais do que o representante do governo, era o líder do partido a que pertencia na sua região, tendo por isso que gerir as lutas intestinas pelo poder, dentro do próprio Partido Democrático.
Durante a 1ª Republica as lutas pelo poder dentro do Partido Democrático nos Arcos de Valdevez, obrigarão mesmo à intervenção pessoal de Afonso Costa.
quinta-feira, fevereiro 03, 2005
Purgas
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Capitão Paul - Provavelmente será a mesma pessoa que na fatídica tarde de 1 de Fevereiro de 1908, ainda Tenente da Guarda Municipal, escoltou a família real do Arsenal da Marinha para o Palácio das Necessidades conforme relata sua Magestade El-Rei D. Manuel II