sábado, março 29, 2008

O Congresso Evolucionista III - Vãs palavras

Luís Mesquita Carvalho ataca fortemente Afonso Costa e Brito Camacho, que acusa de conspirarem para a destruição do Partido Evolucionista e recusa qualquer entendimento com eles pois segundo Mesquita Carvalho, o Partido Evolucionista está prestes a assumir o poder.

Sempre que
António José de Almeida usa da palavra, apenas o consegue fazer após longos minutos de efusivos aplausos. No seu discurso final, e certamente arrebatado pela audiência. António José afirma que “ O Partido Evolucionista é uma agremiação política, mas também é uma religião.” Continua o seu discurso atacando sem dói nem piedade Afonso Costa e Brito Camacho e termina com dificuldade os seu discurso, devido aos aplausos dos assistentes propondo uma moção de apoio a Pimenta de Castro, a qual foi aprovada por unanimidade.

Mas no Portugal de 1915 as convicções eram mais voláteis que a gasolina, e estas belas palavras de apoio a Pimenta de Castro, “firmeza”, “ardor”, “convicção plena”, “missão patriótica”, não eram mais que meras “Palavras”. E um mês mais tarde serviriam mesmo para, atabalhoadamente, os evolucionistas darem o dito pelo não dito, apoiarem a revolução de 14 de Maio, e a tentarem um entendimento com aqueles que, de acordo com Mesquita Carvalho, conspiravam para a destruição do Partido.

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