Os Miseráveis
Em 12 de Dezembro de 1914, Manuel de Arriaga nomeia Victor Hugo de Azevedo Coutinho, obscuro oficial da armada e militante do Partido Democrático, presidente do Conselho de Ministros. Este forma um governo com personalidades Democráticas de 2ª e 3ª categoria, com excepção de Alexandre Braga que ocupava o cargo de Ministro do Interior. Na prática este era um governo de marionetas manobradas por Afonso Costa, pelo que foram imediatamente apodados de “Os Miseráveis de Victor Hugo”.
Alexandre Braga era um democrático Radical com fama de duro, mas em 1914, a sua estrela já estava a empalidecer, fruto do seu alcoolismo crónico e da sua vida dissoluta, que aliás seria a causa da sua morte prematura em 1921, com 50 anos.
Alexandre Braga era um democrático Radical com fama de duro, mas em 1914, a sua estrela já estava a empalidecer, fruto do seu alcoolismo crónico e da sua vida dissoluta, que aliás seria a causa da sua morte prematura em 1921, com 50 anos.
Devido ao facto de Alexandre Braga ser o ministro mais proeminente, o governo de Azevedo Coutinho, este também ficou conhecido como a “Adega do Braga”.
O domínio do Ministério do Interior era a chave para a vitória nas eleições, pois dele dependiam os Governadores-Civis e destes dependiam os administradores dos concelhos. Destes últimos dependia o recenseamento eleitoral através da concessão dos certificados de residência, fundamentais para a inscrição. Estes certificados só eram emitidos elementos de confiança. Os governadores civis concediam os favores, controlavam o acesso a empregos públicos, organizavam as milícias de vigilantes e por isso a vitória pertencia sempre ao partido do Governador Civil. (Ver Carta de Afonso Costa)
Apesar de ter nomeado um ministério 100% Democrático, os objectivos de Manuel de Arriaga eram completamente diferentes dos de Afonso Costa. Quando nomeou Bernardino Machado presidente do Conselho, Arriaga fez uma declaração na qual frizava que a garantia de eleições livres só poderia ser dada caso estas fossem organizadas por governos extra-partidários. Esta declaração que para além de insinuar a manipulação de resultados das eleições de Novembro de 1913, permitiu aos inimigos de Afonso Costa (Brito Camacho, António José de Almeida) obstruir, no Senado, a acção dos governos apoiados pelo Partido Democrático, tentando aprovar uma lei eleitoral na qual os analfabetos e os militares pudessem votar.
Em Janeiro de 1915 os democráticos aprovaram uma lei eleitoral na qual apenas comtenplavam a concessão de permitirem as representações minoritárias.
Quando o congresso encerrou em 12 de Janeiro de 1915, as perspectivas da oposição eram negras, chegando estas a pensar na abstenção, quando um acontecimento fortuito vai provocar uma viragem dramática.
O domínio do Ministério do Interior era a chave para a vitória nas eleições, pois dele dependiam os Governadores-Civis e destes dependiam os administradores dos concelhos. Destes últimos dependia o recenseamento eleitoral através da concessão dos certificados de residência, fundamentais para a inscrição. Estes certificados só eram emitidos elementos de confiança. Os governadores civis concediam os favores, controlavam o acesso a empregos públicos, organizavam as milícias de vigilantes e por isso a vitória pertencia sempre ao partido do Governador Civil. (Ver Carta de Afonso Costa)
Apesar de ter nomeado um ministério 100% Democrático, os objectivos de Manuel de Arriaga eram completamente diferentes dos de Afonso Costa. Quando nomeou Bernardino Machado presidente do Conselho, Arriaga fez uma declaração na qual frizava que a garantia de eleições livres só poderia ser dada caso estas fossem organizadas por governos extra-partidários. Esta declaração que para além de insinuar a manipulação de resultados das eleições de Novembro de 1913, permitiu aos inimigos de Afonso Costa (Brito Camacho, António José de Almeida) obstruir, no Senado, a acção dos governos apoiados pelo Partido Democrático, tentando aprovar uma lei eleitoral na qual os analfabetos e os militares pudessem votar.
Em Janeiro de 1915 os democráticos aprovaram uma lei eleitoral na qual apenas comtenplavam a concessão de permitirem as representações minoritárias.
Quando o congresso encerrou em 12 de Janeiro de 1915, as perspectivas da oposição eram negras, chegando estas a pensar na abstenção, quando um acontecimento fortuito vai provocar uma viragem dramática.
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