A propósito do novo governo, Adriano Pimenta, convida Simas Machado para uma “passeata seguida de jantar em Leça da Palmeira, onde em amena cavaqueira discutiriam o mau sentimento de náusea relativamente aos miseráveis de Victor Hugo.
Em 28 de Dezembro de 1914, Alfredo de Magalhães escreve a seguinte carta a Simas Machado. Meu Caro Simas
Acaba de informar-me o Jerónimo Moreira, que vem hoje a Leça, jantar em companhia do Alfredo e possivelmente do Aguibom. Eu tenho […][…] de que você também tem, porque além do prazer da sua companhia, os acontecimentos são de molde a ter com eles uma interessante cavaqueira, na qual você teria particular interferência. Nada há melhor para comemorar do que a resolução de um enigma. E a situação é tal ordem enigmática que a não ser convidado para uma caterva de doidos, dá-nos o melhor excerto da incompetência, senão da crassa estupidez dos nossos homens públicos. Mas não há dúvida nenhuma que tendo que aparecer a apelar para o patriotismo e para a abnegação patriótica o Alexandre Braga acolitado pelo Afonso, tudo está salvo, menos a honra. A não ser que eles forem anichar-se dentro daquelas grandes capacidades ... de negócios escuros. Por muito que esteja couraçado contra os factos e contra os homens, não podemos deixar de sentir um mau sentimento de náusea, ao ver tanta desfaçatez de uma certa malandragem. Então verá, não é verdade? Lá o espero com os nossos amigos, com quem combinarei, pelo telefone, a passeata.
Amigo certo
ADRIANO |
Etiquetas: Alfredo de Magalhães
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