A Queda de Afonso Costa - II
A demissão de Afonso Costa não tinha sido o “atirar da toalha ao chão”, em 24 de Janeiro joga duas cartadas, convoca para 26 o congresso da república (Reunião conjunta das duas câmaras) onde dispunha da maioria necessária para aprovar uma moção de confiança e uma manifestação popular para o mesmo dia à noite. Mas ambas as cartadas saíram furadas. No Congresso as oposições abandonam a sala deixando os democráticos sozinhos. Nessa mesma noite a manifestação começou com as sedes iluminadas, foguetes, bandas de música e “balões venezianos”, mas ao entrar no Rossio foi atacada à bengalada, a tiro e à bomba e rapidamente dispersada pela “formiga preta”. O próprio jornal “O Mundo” foi cercado e apedrejado, sendo salvo de ser incendiado pela GNR.
A 4 de Fevereiro, Afonso Costa joga a última cartada, exige ao presidente que o novo governo e seu programa seja nomeado e aprovado pelo congresso dos deputados, onde dispunha de confortável maioria. Em suma tentou pôr o Presidente entre a espada e a parede.
Nessa mesma noite, Machado dos Santos, convoca uma manifestação de apoio ao presidente Arriaga, exigir a demissão de Afonso Costa, amnistia para todos os presos políticos e a reabertura das casas sindicais. Brito Camacho e António José de Almeida recusam-se a participar e a manifestação teve um início muito tímido no Camões. Mas ao chegar à Avenida 24 de Julho, juntaram-se-lhe milhares de operários com tochas acesas e no Palácio de Belém um Arriaga eufórico recebe uma delegação dos manifestantes.
Perante o êxito da manifestação, a Afonso Costa apenas restavam duas opções. Ou governava em total ditadura, ou submetia-se e aceitava um compromisso. A perda da Rua fez com que escolhesse a segunda opção.O “Messias” seria aquele que Guerra Junqueiro definiu como “Homem de Borracha” – “Se lhe passasse um cilindro das estradas em cima, ele levantava-se todo lépido a tirar o chapéu – Bernardino Machado, aquele que tudo prometia e nada cumpria.
A 4 de Fevereiro, Afonso Costa joga a última cartada, exige ao presidente que o novo governo e seu programa seja nomeado e aprovado pelo congresso dos deputados, onde dispunha de confortável maioria. Em suma tentou pôr o Presidente entre a espada e a parede.
Nessa mesma noite, Machado dos Santos, convoca uma manifestação de apoio ao presidente Arriaga, exigir a demissão de Afonso Costa, amnistia para todos os presos políticos e a reabertura das casas sindicais. Brito Camacho e António José de Almeida recusam-se a participar e a manifestação teve um início muito tímido no Camões. Mas ao chegar à Avenida 24 de Julho, juntaram-se-lhe milhares de operários com tochas acesas e no Palácio de Belém um Arriaga eufórico recebe uma delegação dos manifestantes.
Perante o êxito da manifestação, a Afonso Costa apenas restavam duas opções. Ou governava em total ditadura, ou submetia-se e aceitava um compromisso. A perda da Rua fez com que escolhesse a segunda opção.O “Messias” seria aquele que Guerra Junqueiro definiu como “Homem de Borracha” – “Se lhe passasse um cilindro das estradas em cima, ele levantava-se todo lépido a tirar o chapéu – Bernardino Machado, aquele que tudo prometia e nada cumpria.
Etiquetas: Situação
2 Comments:
Se calhar por essas e por outras é que liquidaram Machado dos Santos na "Noite Sangrenta".
Muito provalvelmente. Machado dos Santos e Afonso Costa odiavam-se mutuamente, como gerlmente acontece entre quem faz as revoluções e aquele que é o último a apanhar o comboio, mas o primeiro a assenhorear-se da locomotiva.
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