A Queda de Afonso Costa - I
Com os resultados das eleições de Dezembro, pensava-se que Afonso Costa ficaria instalado durante muito tempo no poder. No entanto, a grande vitória seria o início do fim do seu primeiro governo.
Com as eleições, o partido democrático ficou com a maioria absoluta no congresso dos deputados, tal facto permitia a Afonso Costa prescindir do apoio dos deputados Unionistas, afectos a Brito Camacho, o que fez com que estes achassem que as eleições haviam sido manipuladas. A quebra desta “amizade” fez com que Afonso Costa perdesse o apoio do Senado, câmara onde Camacho dispunha da maioria.
Por outro lado, o partido democrático não era uma força unida atrás do seu líder. Na realidade o Partido era composto de muitos grupos antagónicos que se mantinham através de uma delicada coligação, cujo único garante era Afonso Costa. Coexistiam vários grupos e tendências de onde se destacavam António Maria da Silva, líder da Carbonária, Álvaro de Castro e os “Jovens Turcos”, que queriam manter a todo o custo a aliança com Brito Camacho, França Borges, director do Jornal “O Mundo” que dominava o “bas-fond” Lisboeta.
Conhecendo as divisões internas do Partido Democrática, as oposições atacam em força o governo no Senado. Os sindicalistas, inimigos figadais de Afonso Costa, convocam para 14 de Janeiro uma greve dos caminhos-de-ferro, que isolou Lisboa do resto do País.
A 21 de Janeiro, Unionistas e Evolucionistas aprovam no Senado uma moção de desconfiança ao governo. Afonso Costa apresenta a demissão, entregando assim a decisão do futuro do governo ao Presidente Manuel Arriaga. Este escreve uma carta-programa aos três líderes da república na qual propunha um governo extra-parlamentar e, um programa de “acalmação”. Brito Camacho aplaudiu, pois o seu domínio do Senado permitia-lhe dominar o governo e assim organizar as eleições à sua maneira. António José de Almeida, não querendo beneficiar Camacho, rejeitou a proposta de Arriaga e propôs a constituição de um governo evolucionista. Afonso Costa não fez comentários, disse apenas que a Carta tinha matéria Anti-constitucional.
Com as eleições, o partido democrático ficou com a maioria absoluta no congresso dos deputados, tal facto permitia a Afonso Costa prescindir do apoio dos deputados Unionistas, afectos a Brito Camacho, o que fez com que estes achassem que as eleições haviam sido manipuladas. A quebra desta “amizade” fez com que Afonso Costa perdesse o apoio do Senado, câmara onde Camacho dispunha da maioria.
Por outro lado, o partido democrático não era uma força unida atrás do seu líder. Na realidade o Partido era composto de muitos grupos antagónicos que se mantinham através de uma delicada coligação, cujo único garante era Afonso Costa. Coexistiam vários grupos e tendências de onde se destacavam António Maria da Silva, líder da Carbonária, Álvaro de Castro e os “Jovens Turcos”, que queriam manter a todo o custo a aliança com Brito Camacho, França Borges, director do Jornal “O Mundo” que dominava o “bas-fond” Lisboeta.
Conhecendo as divisões internas do Partido Democrática, as oposições atacam em força o governo no Senado. Os sindicalistas, inimigos figadais de Afonso Costa, convocam para 14 de Janeiro uma greve dos caminhos-de-ferro, que isolou Lisboa do resto do País.
A 21 de Janeiro, Unionistas e Evolucionistas aprovam no Senado uma moção de desconfiança ao governo. Afonso Costa apresenta a demissão, entregando assim a decisão do futuro do governo ao Presidente Manuel Arriaga. Este escreve uma carta-programa aos três líderes da república na qual propunha um governo extra-parlamentar e, um programa de “acalmação”. Brito Camacho aplaudiu, pois o seu domínio do Senado permitia-lhe dominar o governo e assim organizar as eleições à sua maneira. António José de Almeida, não querendo beneficiar Camacho, rejeitou a proposta de Arriaga e propôs a constituição de um governo evolucionista. Afonso Costa não fez comentários, disse apenas que a Carta tinha matéria Anti-constitucional.
Etiquetas: Situação
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